Quando falamos sobre prevenção de lesões por pressão (LPP), a Escala de Braden se destaca como uma das ferramentas mais importantes para profissionais de saúde.
Desenvolvida para avaliar o risco de desenvolvimento dessas lesões, a escala é amplamente utilizada em hospitais e clínicas ao redor do mundo.
Continue a leitura para saber mais sobre essa ferramenta. Até o final do artigo, confira:
- O que é e para que serve a Escala de Braden?
- Como funciona a ferramenta? Entenda o Score na Escala de Braden
- Quais são os tipos de Escala de Braden?
- Como funciona o cálculo e a interpretação da pontuação?
- Quando usar a Escala de Braden
- FAQ: dúvidas frequentes sobre o procedimento
- Aumente o padrão de qualidade do seu hospital ou clínica com a Med Supply!
O que é e para que serve a Escala de Braden?
A Escala de Braden foi criada em 1987 nos Estados Unidos e é amplamente utilizada em todo o mundo para avaliar o risco de desenvolvimento de lesões por pressão (LPP).
Essa ferramenta auxilia as equipes de saúde a identificar quais pacientes têm maior probabilidade de desenvolver LPP. Tendo esse monitoramento constante, é possível criar estratégias preventivas para reduzir esse risco.
É importante destacar que, embora a Escala de Braden seja uma ferramenta valiosa, ela não substitui o aspecto mais essencial na prevenção das lesões por pressão: a inspeção regular e cuidadosa da pele do paciente.
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Como funciona a ferramenta? Entenda o Score na Escala de Braden
Essa ferramenta é dividida em 6 subescalas e dentro de cada uma delas é separada em 4 scores (exceto o último). Veja quais são elas de acordo com o documento “Protocolos de Segurança do Paciente II” da ANVISA:
1. Percepção Sensorial
Significa a capacidade do paciente sentir e reagir a desconfortos ou dor. A pontuação é feita em quatro níveis, sendo:
- Score 1: o paciente não geme e nem se mexe, por exemplo, por estar sedado ou inconsciente;
- Score 2: o paciente emite pequenos sinais de desconforto, como gemidos e inquietação;
- Score 3: o paciente ainda não consegue dizer que está sentindo dor e que precisa trocar de posição, mas atende aos pedidos falados;
- Score 4: o paciente consegue falar se está sentindo dor ou desconforto.
2. Umidade
- Score 1: o paciente sempre está com a pele úmida por causa do suor ou de outros fluidos corporais;
- Score 2: a intensidade da umidade é um pouco menor do que a do Score 1, mas ainda assim a troca de lençol precisa ser a cada turno;
- Score 3: a pele do paciente não está tão úmida assim e a troca do lençol só acontece uma vez por dia;
- Score 4: se o paciente está com a pele seca, ele deve receber essa pontuação.
3. Atividade
- Score 1: o paciente é acamado;
- Score 2: consegue ficar apenas sentado;
- Score 3: consegue andar um pouco (com ou sem ajuda de alguém);
- Score 4: não tem problemas para andar;
4. Mobilidade
- Score 1: o paciente precisa de ajuda para se movimentar em 100% do tempo;
- Score 2: só consegue fazer pequenos movimentos sozinho;
- Score 3: consegue se mexer de forma leve sem precisar de ajuda;
- Score 4: movimenta-se bem e é independente.
5. Nutrição
- Score 1: tem uma alimentação fraca. Com poucas proteínas, não bebe muita água etc;
- Score 2: até come proteínas três vezes ao dia e utiliza suplementos, mas pode ter uma ingestão inadequada de líquidos e nutrientes mesmo com alimentação por sonda;
- Score 3: se alimenta 4 vezes ao dia e toma suplementos quando é necessário;
- Score 4: alimenta-se bem e não tem necessidade de suplementos nutricionais adicionais.
6. Fricção e forças de cisalhamento
- Score 1: o paciente necessita de ajuda para se mexer, escorrega na cama e precisa sempre de alguém para colocá-lo novamente no lugar;
- Score 2: sente dificuldade de se mexer, mas não precisa de tanta ajuda. Pode acabar deslizando a pele contra as superfícies de vez em quando e precisar ser colocado de volta no lugar;
- Score 3: consegue se movimentar de forma autônoma.
Quais são os tipos de Escala de Braden?
Existe a Escala de Braden voltada para adultos e a Escala de Braden Q voltada para pacientes pediátricos, incluindo neonatos.
Como funciona o cálculo e a interpretação da pontuação?
Após observar o paciente e marcar as opções, calcule os valores do Score. O resultado pode variar de 6 a 23. Quanto maior o número, menor o perigo de desenvolvimento de lesões por pressão.
Quando usar a Escala de Braden?
A escala de Braden deve ser aplicada principalmente em pacientes acamados ou com mobilidade reduzida e em situações de internação hospitalar ou domiciliar, para que medidas preventivas possam ser tomadas.
O ideal é usar a ferramenta no momento em que o paciente dá entrada no hospital. Depois desse momento, basta repetir a avaliação todos os dias ou a cada 2 dias.
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FAQ: dúvidas frequentes sobre o procedimento
Reunimos a seguir as principais dúvidas sobre o procedimento. Confira!
A Escala de Braden é usada para avaliar o risco de desenvolvimento de lesões por pressão (LPP), ajudando a equipe a identificar precocemente quem precisa de medidas preventivas e a direcionar cuidados como mudança de decúbito, proteção de proeminências ósseas, ajustes de nutrição e manejo de umidade.
A ferramenta orienta decisões clínicas, reduz eventos adversos e apoia protocolos de segurança do paciente; aplicada de forma rotineira, complementa a inspeção da pele e sustenta planos de prevenção mais assertivos.
A aplicação deve ocorrer na admissão do paciente (hospitalar ou domiciliar) e ser repetida diariamente ou a cada 48 horas, especialmente em pessoas acamadas ou com mobilidade reduzida, sempre que houver mudança clínica significativa ou após procedimentos que aumentem o risco.
Profissionais de saúde capacitados, em especial a equipe de enfermagem, podem aplicar a escala durante a avaliação clínica, integrando o resultado ao plano de cuidados e registrando a evolução para orientar intervenções preventivas.
É o score total obtido pela soma das seis subescalas (percepção sensorial, umidade, atividade, mobilidade, nutrição e fricção/cisalhamento), variando de 6 a 23; quanto maior a pontuação, menor o risco de LPP, e o resultado guia a intensidade das medidas preventivas.
É a capacidade do paciente de perceber e responder ao desconforto ou à dor, sinalizando necessidade de mudança de posição; quanto mais limitada essa percepção e resposta, maior o risco de manter pressão prolongada sobre a pele e, portanto, maior a chance de lesões.
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Enfermeira formada pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) | Consultora Técnica da empresa Med Supply. LinkedIn: @rafaelachristo.



