Posição prona: o que é, benefícios e como realizar a manobra
Posição prona: o que é, benefícios e como realizar a manobra

Posição prona: o que é, benefícios e como realizar a manobra

Continue lendo o nosso artigo e conheça as informações mais importantes sobre a posição prona. Você vai conferir no artigo:

  • O que é a posição prona?
  • Quais os benefícios e efeitos da posição prona?
  • Quais profissionais estão envolvidos no processo da posição prona?
  • Cuidados antes de realizar a manobra
  • Como é realizada a manobra? Quanto tempo o paciente fica nessa posição?
  • Existe alguma contraindicação da posição prona?
  • Possíveis complicações da posição prona
  • Como evitar complicações decorrentes da posição prona?

O que é a posição prona?

O que chamamos hoje de “posição prona” trata-se de uma manobra utilizada para combater a hipoxemia, ou seja, a insuficiência de oxigênio no sangue, em pacientes com Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo (SDRA);

Essa insuficiência respiratória é caracterizada pelo acúmulo de líquidos nos pulmões e a lesão pulmonar difusa aguda, normalmente causada por doenças ou quadros clínicos que lesionem os pulmões, como sepse ou pneumonia.

Para a realização da manobra, o paciente é posicionado em decúbito ventral, o que favorece a distribuição mais uniforme do estresse e da tensão pulmonar, melhorando a relação ventilação/perfusão da mecânica pulmonar e da parede torácica!

Quais os benefícios e efeitos da posição prona?

Em geral, a posição prona apresenta os seguintes benefícios para os pacientes:

  • Redistribuição da ventilação alveolar e da perfusão, causando a melhora da oxigenação;
  • Limitação da abertura e colapso cíclicos alveolares, apontados como um dos causadores das lesões induzidas pela ventilação mecânica;
  • Diminuição do colabamento alveolar com a melhora da complacência pulmonar, anulando a ação do peso pulmonar

Indiscutivelmente, a melhora na oxigenação é o principal benefício apresentado pela posição prona, mas recentemente a equipe multidisciplinar tem procurado explorar, entender e conhecer outras possíveis vantagens do uso dessa posição.

Quais profissionais estão envolvidos no processo da posição prona?

Para a realização da manobra, é muito importante o envolvimento de toda a equipe multidisciplinar, incluindo os seguintes profissionais: médico, enfermeiro, técnico de enfermagem e fisioterapeuta.

Além disso, a fim de evitar complicações, é imprescindível que todos conheçam a técnica e estejam treinados e capacitados para executar o procedimento.

O médico deverá avaliar a necessidade do procedimento e indicar que ele seja realizado de acordo com a condição do paciente. Além disso, esse profissional também avalia se é preciso otimizar a sedação e a estabilidade hemodinâmica antes da manobra.

O enfermeiro irá realizar o checklist com todos as informações e recomendações para realizar a manobra de forma segura, auxiliando e orientando a equipe a preparar o ambiente para o procedimento (disponibiliza a caixa de IOT, coxins e aliviadores de pressão para prevenção da lesão por pressão e realiza cuidados específicos para o paciente em hemodiálise).

O fisioterapeuta deverá realizar os cuidados e manutenção da ventilação mecânica, reforçando conexões se necessário e auxiliando na manobra de rotação se possível.

Cuidados antes de realizar a manobra

A fim de evitar possíveis complicações decorrentes do procedimento de mudança de posição do paciente, existe uma série de recomendações e regras que devem ser seguidas para que a manobra possa ser realizada com sucesso. Por isso, antes do procedimento, é imprescindível:

  • Avaliar a estabilidade clínica do paciente;
  • Monitorar continuamente seus sinais vitais;
  • Preparar os equipamentos necessários para emergência, como aspirador e dispositivos de ventilação;
  • Verificar a posição dos tubos e cateteres para evitar complicações durante a manobra.

Esses cuidados ajudam a minimizar riscos e garantir a segurança do procedimento.

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Como é realizada a manobra? Quanto tempo o paciente fica nessa posição?

Não existe uma indicação exata de quanto tempo um paciente deve ficar em posição prona, pois isso irá depender do seu estado clínico e da recomendação médica que será feita de acordo com uma avaliação prévia da manobra e da resposta do paciente à posição.

Não raro, alguns pacientes precisam ser mantidos em posição prona continuamente pois, após o tempo recomendado, quando é feita a tentativa de voltar o enfermo à posição supina, a deterioração gasométrica volta a acontecer, o que faz com que o paciente tenha que ser colocado novamente em posição prona para evitar mais complicações.

Apesar de não existir uma estimativa exata de quanto tempo os pacientes devem ficar em posição prona, existe um consenso entre os profissionais da saúde, embasados por estudos clínicos, que afirma que nas duas primeiras horas de posição prona ocorrem as melhoras mais significativas na oxigenação, por isso esse é o período mínimo que o paciente deve ser mantido na posição.

Na maioria dos casos o recomendado é manter o paciente em posição prona pelo maior tempo possível até que seu quadro de Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo (SDRA) se estabilize e, só então, realizar a tentativa de voltar o paciente à posição supina.

Existe alguma contraindicação da posição prona?

Apesar de muito indicada para diversos tratamentos, a posição prona possui algumas contraindicações gerais, por isso, é muito importante a avaliação médica da condição do paciente para verificar a possibilidade da realização da manobra de forma segura e que traga benefícios para o paciente ao invés de causar novas complicações!

As contraindicações gerais para a realização da posição prona são:

  • Queimaduras e/ou ferimentos na face ou na região ventral do corpo;
  • Instabilidade da coluna vertebral;
  • Hipertensão intracraniana;
  • Arritmias graves;
  • Hipotensão severa;
  • Esternotomia recente;
  • Edema pulmonar cardiogênico;
  • Cirurgias abdominais recentes;
  • Síndrome compartimental abdominal.

Ademais, em casos em que cateteres de diálise e drenos torácicos estão sendo aplicados no tratamento do paciente, é necessário realizar uma avaliação rigorosa para verificar a possibilidade de realizar a manobra prona com segurança!

Possíveis complicações da posição prona

Apesar de estudos relatarem que a incidência de complicações graves decorrentes da posição prona são bastante baixas, é importante lembrar que complicações não graves são comuns durante a realização dessa manobra, sendo assim, é muito importante que toda a equipe multidisciplinar esteja envolvida no processo para avaliar e observar o paciente, identificando possíveis problemas que possam ocorrer.

A complicação mais comum da posição prona é o edema facial, que nada mais é do que um inchaço no rosto resultante da pressão colocada na face e que, se não tratado, pode levar à uma lesão facial. Mesmo ocorrendo com frequência, o tratamento dessa complicação também é bastante simples e, na maioria das vezes, o retorno do paciente à posição supina já é o suficiente para regredir totalmente o edema.

As lesões por pressão no queixo, orelhas, região anterior do tórax, cristas ilíacas e joelhos também entram para a lista de complicações possíveis da posição prona, contudo, nem sempre o problema torna-se grave, pois o grau das lesões possui relação direta com o tempo em que os pacientes ficam na posição prona e a sua idade. Ademais, identificando o início da formação dessas lesões, a equipe multidisciplinar pode agir para evitar o seu agravamento, aplicando curativos específicos para evitar a piora das feridas.

Outras complicações como a obstrução de vias aéreas devido ao acúmulo de secreções e o deslocamento do cateter venoso central e barotrauma devido a intubação traqueal seletiva também podem acontecer, mas são complicações mais raras e facilmente contornáveis com o uso de produtos de fixação adequados.

E, por fim, um dos maiores problemas decorrentes da posição prona é o aumento da necessidade de sedação, o que pode aumentar a ocorrência de paresias neuromusculares, ou seja, a perda de parte da motricidade de um ou mais músculos do corpo, que é uma condição bastante comum em pacientes graves internados nas unidades de terapia intensiva.

Sendo assim, podemos listar que as possíveis complicações mais recorrentes da posição prona, decorrentes de falhas na manobra ou da condição clínica específica de cada paciente, são as seguintes:

  • Edema facial;
  • Obstrução de vias aéreas;
  • Lesões cutâneas;
  • Perda de acessos venosos e sondas;
  • Extubação acidental;
  • Queda transitória da saturação;
  • Aumento da necessidade de sedação.

Como evitar complicações decorrentes da posição prona?

Para evitar possíveis complicações decorrentes da posição prona, é necessário que, além da equipe multidisciplinar preparada e treinada para realizar a manobra, sejam utilizados produtos e equipamentos adequados para garantir a segurança do paciente.

A Comercial 3Albe, como distribuidora no seguimento de material médico hospitalar, há 26 anos vem garantindo parcerias com marcas exclusivas, que garantem e oferecem a melhor solução para os cuidados com o paciente.

Sendo assim, para a manobra prona, a Comercial 3 Albe dispõe de diversas soluções que ajudam a garantir um procedimento seguro, com produtos específicos, desenvolvidos com a mais alta tecnologia, e que garantem desde a fixação segura para dispositivos até a prevenção de lesão por pressão ocasionada pela permanência da posição prona.

Com fixadores de tubos endotraqueal, a Hollister, em parceria com a Comercia 3Albe, dispõe do Anchor Fast, que minimiza os riscos de extubação acidental em pacientes entubados, e também a solução Anchor Fast Guard, que além de prevenir a extubação acidental, garante a possibilidade de oclusão por dobra ou mordedura do paciente.

Na parceria com o fornecedor Smith+Nephew, temos desde fixação segura de cateteres intravenosos com IV3000 até a prevenção de lesão por pressão com a família Allevyn.

O IV 3000, um filme transparente com alta permeabilidade desenvolvido para proteção e fixação de cateter, irá garantir todas as vantagens da fixação segura, assegurando que os dispositivos estejam bem fixados e não se movam no momento da realização da manobra, além de prevenir infecção.

Sabendo que a posição prona oferece risco para o desenvolvimento de lesão por pressão, as soluções Allevyn Gentle Border e Allevyn Life, curativos de espuma hidrocelular, também são recomendadas, pois além de tratamento, elas têm como função prevenir a lesão por pressão.

Os produtos Allevyn fazem a prevenção enquanto o paciente estiver em posição prona, podendo ser aplicados facilmente, reaplicados e transferidos a outros pontos de pressão após o retorno à posição de decúbito dorsal. Todos esses benefícios são garantidos através das multicamadas e do adesivo de silicone!

E o melhor é que você encontra todas essas soluções em um único lugar: na Comercial 3Albe, onde você também pode contar com um time de profissionais pronto para te auxiliar a entender quais são os benefícios dessas soluções e escolher aquela que melhor se encaixa com as necessidades da sua instituição!

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