Em ambientes hospitalares, garantir a segurança do paciente começa pela esterilização. Mas como manter os artigos médicos prontos até o momento do uso? Qual é a melhor opção: embalagem de tecido ou de papel crepado?
Por muitos anos, o tecido de algodão tem sido a escolha de hospitais no Brasil. Especialmente os que lidam com recursos financeiros reduzidos.
Mas será que esse tipo de material ainda oferece a proteção e a confiabilidade que se espera de uma instituição de saúde moderna?
E como alternativas mais avançadas, como o papel crepado SteriSheet, se comparam a ele? Neste post, analisamos essa questão com base em estudos e dados técnicos de mercado.
A embalagem de tecido de algodão para esterilização é eficaz?
Não. A embalagem de tecido de algodão tem custo inicial mais baixo, mas traz riscos crescentes com o tempo.
Ela exige controle rigoroso de reuso e pode não garantir a barreira microbiana necessária em todas as situações.
Veja em detalhes as informações sobre o estudo “Avaliação do uso e reuso de tecido de algodão como embalagem de artigos médico-hospitalares”, em relação ao tipo sarja 2×1:
- Vida útil limitada: o algodão pode ser eficaz como barreira microbiana, mas apenas quando novo. A eficácia se mantém até, no máximo, 65 ciclos de reprocessamento (ou seja, lavagens e esterilizações). Depois disso, perde a capacidade de proteger os materiais;
- Perda de gramatura com o tempo: essa é a principal causa da redução da eficácia. Além disso, a resistência ao estouro e à tração também cai progressivamente a cada reuso;
- Necessidade de controlar exatamente quantas vezes cada peça foi reutilizada: isso exige um sistema de rastreamento bastante robusto. Avaliações visuais da embalagem de tecido não são suficientes, já que não há estudos que comprovem sua confiabilidade como indicador de falha da barreira;
- A performance depende muito do tipo utilizado: segundo a Associação da Indústria de Tecidos Não Tecidos (INDA), diferentemente da sarja 2×1, a barreira da embalagem de linho cirúrgico de algodão já se compromete após 25 ciclos. E aqueles produzidos com apenas uma camada de algodão perderam sua eficácia já no sexto ciclo.
- Reprocessamento consome recursos: embora reutilizar o material possa parecer uma opção sustentável, o processo em si consome água, produtos químicos e energia. Além disso, pode gerar poluição ambiental, especialmente se não houver tratamento adequado dos resíduos.
- Leia mais: Lavadora ultrassônica para CME: o que é, como funciona e como escolher o modelo ideal
Embalagem para esterilização de Papel Crepado – SteriSheet (2ª e 3ª gerações) é a alternativa mais viável
O Papel Crepado da Med Supply é a escolha ideal para instituições de saúde que buscam segurança, eficiência e economia.
Com barreira bacteriana eficaz e alta resistência, mesmo quando úmido, ele garante proteção nos principais métodos de esterilização e otimiza o trabalho da equipe.
Além disso, atende às normas internacionais e oferece o melhor custo-benefício para um empacotamento seguro e profissional.
Diferente do algodão reutilizável, os papeis crepados SteriSheet de 2ª geração e 3ª geração são materiais descartáveis mais sustentáveis por serem biodegradáveis.
Ambos foram desenvolvidos especialmente para garantir máxima proteção em processos de esterilização hospitalar.
Veja em detalhes as suas vantagens:
- Desempenho novo a cada uso:
Por ser de uso único, cada embalagem oferece a performance ideal em todas as esterilizações, sem desgaste acumulado ou risco de falhas por reprocessamento.
- Composição de alta qualidade:
- 2ª geração (70 g/m²): 80% de celulose com fibras densas + aglutinantes sintéticos (ajudam a fortalecer o material sem comprometer a barreira contra bactérias);
- 3ª geração (78 g/m²): no mínimo 50% de celulose, até 30% de fibras sintéticas e 20% de aglutinantes.
- Alto nível de repelência
O papel crepado tem repelência à água, álcool e iodo.
Além disso, possui resistência a chamas, zero liberação de partículas (o que evita a contaminação dos artigos esterilizados), maleabilidade e facilidade de manuseio.
- Barreira bacteriana eficaz:
A barreira bacteriana do papel crepado permite a entrada do agente esterilizante (como vapor, gás ou radiação) e, ao mesmo tempo, impede que microrganismos do ambiente externo penetrem após a esterilização.
Isso garante que os instrumentos permaneçam estéreis até o momento do uso, protegendo os itens contra contaminação por microrganismos transportados pelo ar ou por líquidos.
Créditos imagem: Sterisheet – Gama de Produtos
- Alta resistência mecânica
Durante o processo de embalagem, esterilização, transporte, armazenamento e manuseio, o material sofre diversos tipos de tensão.
Qualquer rasgo, furo ou rompimento compromete essa proteção e abre caminho para a contaminação dos artigos esterilizados.
Fabricado com fibras de alta qualidade e reforçado com aglutinantes sintéticos, os papeis crepados SteriSheet de 2ª geração e 3ª geração apresentam elevada resistência a rasgos e rupturas, mantendo a integridade da embalagem do início ao fim do processo.
- Compatibilidade com vários métodos de esterilização:
Pode ser usado em processos com vapor, óxido de etileno, formaldeído e radiação.
- Certificações técnicas:
O SteriSheet segue as normas ISO EN 11607-1:2017 e EN 868-2:2017, garantindo padrão internacional de segurança.
- Sustentabilidade na origem:
O material é feito com celulose de florestas sustentáveis, com certificações EUTR e PEFC, e utiliza energia de biomassa na produção. Além disso, por ser biodegradável, reduz o impacto ambiental após o uso.
Comparativo: Papel Crepado SteriSheet versus Embalagem de tecido de algodão
Característica | Papel Crepado SteriSheet | Algodão (Sarja 2×1) |
Tipo de uso | Descartável | Reutilizável |
Barreira microbiana | Eficaz e consistente em todos os usos | Eficiente até 65 reusos (máx.); performance variável |
Vida útil | Uso único | Máx. 65 ciclos |
Degradação | Não há desgaste; desempenho sempre ideal | Perda de gramatura, tração e resistência ao longo do tempo |
Liberação de partículas | Não libera partículas | Pode ocorrer com o desgaste |
Resistência mecânica | Mantida a cada uso | Reduz progressivamente |
Métodos de esterilização | Compatível com vapor, formaldeído, radiação | Testado para autoclave |
Controle necessário | Não precisa rastreamento (uso único) | Exige rastreamento do número de reusos |
Conformidade normativa | Atende EN ISO 11607-1:2017 e EN 868-2:2017 | Variável; sem padrão universal |
Impacto ambiental | Biodegradável; uso de celulose sustentável | Reduz resíduos, mas consome água e químicos no reprocessamento |
Papel Crepado SteriSheet: a escolha mais inteligente para a CME moderna
Com performance consistente, ausência de desgaste, alta barreira bacteriana e em conformidade com as normas vigentes, o Papel Crepado SteriSheet descartável oferece tudo o que uma Central de Material e Esterilização (CME) precisa: eficiência, previsibilidade e segurança para o paciente. Garanta já o seu!
Referências:
Bowman BE, Costa DM, Tessarolo F, Tipple AFV. Reusing sterile cotton fabric barriers in the clinical practice: an observational and longitudinal study. Rev. Latino-Am. Enfermagem. 2023;31:e3990 [2025 05 28 ]. Available from: URL: https://www.scielo.br/j/rlae/a/SkbkQjyygCF9gN8P4zxBwdH/?format=pdf&lang=pt. https://doi.org/10.1590/1518-8345.6645.3990
RODRIGUES, Edna; LEVIN, Anna S.; SINTO, Sumiko Ikura; MENDES, Caio Figueiredo; BARBOSA, Benedito; GRAZIANO, Kazuko Uchikawa. Avaliação do uso e reuso de tecido de algodão como embalagem de artigos médico-hospitalares. Brazilian Journal of Microbiology, São Paulo, v. 37, n. 2, p. 141–147, jun. 2006.
Imagem de capa: Freepik/EyeEm