Protocolo de sepse: o que é e como otimizá-lo para uma assistência mais eficiente e econômica

Médica atendendo paciente internada, representando a aplicação do protocolo de sepse em cenário clínico

Saber como melhorar o protocolo de sepse é uma urgência. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), quase 11 milhões de pessoas morrem todos os anos por causa dessa doença no mundo.

Se fizer um recorte só no território brasileiro, ocorrem cerca de 400 mil casos de sepse, sendo que, em média, mais da metade vai a óbito (aproximadamente 240 mil).

Além do impacto clínico, a sepse representa um grande peso financeiro para o sistema de saúde. Segundo um estudo recente, a sepse é responsável por quase metade (mais de 40%) dos custos na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). 

Diante disso, investir na otimização dos protocolos de sepse se mostra uma estratégia fundamental não só para salvar vidas, mas também para reduzir os custos hospitalares.

Neste artigo, você vai conferir informações importantes sobre o protocolo de sepse, entre elas como tecnologias point of care que medem lactato, como o analisador i-STAT, fazem toda a diferença.

Continue a leitura e confira em detalhes:

  • O que é o protocolo de sepse?
  • 5 passos para otimizar o protocolo de sepse
  • Por que a otimização do protocolo de sepse é importante?
  • Reduza em até 30% as internações na UTI por sepse com o uso do i-STAT
  • FAQ: dúvidas frequentes sobre o protocolo
  • Conclusão: otimizar o protocolo é agir com precisão, salvar vidas e reduzir custos

O que é o protocolo de sepse?

O protocolo de sepse é um conjunto padronizado de condutas clínicas e operacionais voltadas para o diagnóstico precoce, tratamento imediato e monitoramento contínuo de pacientes com suspeita ou confirmação de sepse.

Ele tem como objetivo principal reduzir a mortalidade, prevenir a progressão para choque séptico e minimizar falências orgânicas.

Baseado em diretrizes nacionais e internacionais, como as da ANVISA e da Surviving Sepsis Campaign, o protocolo estabelece critérios para triagem, identificação de sinais de alerta clínico, solicitação de exames laboratoriais, início rápido de antibioticoterapia e estabilização hemodinâmica.

5 passos para otimizar o protocolo de sepse

O documento da Abbott intitulado “Estudo de caso de mundo real: Otimizando os protocolos de sepse para reduzir significativamente os custos do tratamento e melhorar os resultados” destaca que adotar uma abordagem baseada no Lean Six Sigma, estruturada em cinco etapas, é uma estratégia eficaz para otimizar os protocolos de sepse.

Entenda a seguir essas etapas e otimize o protocolo do seu hospital:

Etapa 1: Escolha um caso de sepse 

O primeiro passo é escolher um caso para acompanhar de perto. Em seguida, é essencial definir o escopo da iniciativa e estabelecer as prioridades

Atribua responsabilidades específicas a cada membro da equipe, envolva diferentes áreas do hospital para trazer novas perspectivas e, por fim, elabore um plano de ação a ser implementado.

Etapa 2: Medição

É basicamente analisar todo o processo que o paciente com sepse percorre desde sua chegada ao hospital até a internação na UTI. 

Essa observação minuciosa busca revisar diversos aspectos, como medicações administradas, tempos de triagem e internação, antibióticos utilizados e outros dados, para identificar falhas ou pontos de melhoria no protocolo. O objetivo é entender o que está funcionando ou não.

Etapa 3: Análise

Após observar atentamente todos os detalhes, é hora de analisar o que teve maior impacto e quais problemas precisam ser resolvidos. Se você identificar algo que possa ser ajustado rapidamente, é o momento de agir e implementar a mudança.

Etapa 4: Melhorias

Agora, é hora de refletir sobre as possíveis soluções para os problemas encontrados. Reúna a equipe para discutir e avaliar em conjunto as melhores abordagens, garantindo que todos contribuam para encontrar a melhor solução.

Etapa 5: Controle os resultados 

Uma vez que as mudanças foram implementadas, é importante acompanhar constantemente para garantir que estejam realmente funcionando.

Você pode criar checklists, fluxos de trabalho, dashboards e promover educação continuada para assegurar que as melhorias sejam mantidas ao longo do tempo.

– Leia também: Teste Laboratorial Remoto (TLR): a importância do controle de qualidade e rastreabilidade no procedimento

Por que a otimização do protocolo de sepse é essencial?

Segundo o estudo da Abbott, mais da metade das pessoas com sepse recebe atendimento no pronto-socorro (60%). 

O tempo médio de internação é de 19,6 dias, o custo por paciente para o hospital é de 22 mil dólares, enquanto o reembolso máximo oferecido pelo Medicare (sistema de saúde dos Estados Unidos) é de 12 mil dólares por pessoa com sepse.

Se esses valores já parecem altos, a situação piora quando o hospital adota a prática de estratificar o risco de sepse apenas após a internação. Nesse caso, o tempo de internação e a taxa de mortalidade dobram, e os custos chegam a triplicar.

Iniciar o tratamento com um plano claro e objetivos clínicos bem definidos, pode reduzir o tempo médio de internação em até 40%. Nos casos graves de sepse, pode ocorrer uma economia de 6 mil dólares por paciente (1,7 milhão de dólares anuais para o hospital).

Reduza em até 30% as internações na UTI por sepse com o uso do i-STAT

Com o i-STAT, da Abbott, você consegue medir os níveis de lactato de forma rápida e precisa, diretamente no ponto de atendimento.

A rapidez na obtenção desse resultado é fundamental, já que níveis elevados de lactato indicam a presença de hipóxia tecidual. 

Esse produto point of care ajuda a guiar intervenções médicas mais assertivas, como a administração precoce de antibióticos e a transferência para a UTI.

Com o i-STAT, em poucos minutos, e com 2 a 3 gotas de sangue, os profissionais de saúde têm em mãos informações fundamentais para tomar decisões rápidas e salvar vidas, reduzindo o tempo de resposta no tratamento da sepse.

– Leia também: Como o i-STAT pode contribuir para redução da transfusão de sangue em recém-nascidos na UTI neonatal?

FAQ: dúvidas frequentes sobre o protocolo

Separamos a seguir as principais dúvidas sobre o protocolo de sepse. Algumas já foram respondidas ao longo do artigo, mas reunimos tudo nesta seção para facilitar a sua consulta. Confira!

O que é o protocolo de sepse?

O protocolo de sepse é um conjunto de condutas clínicas e operacionais voltadas para a identificação precoce, tratamento imediato e monitoramento contínuo de pacientes com suspeita ou confirmação de sepse. Ele tem como objetivo reduzir a mortalidade, prevenir a progressão para choque séptico e minimizar falências orgânicas.

Quando abrir o protocolo de sepse?

O protocolo deve ser aberto sempre que houver suspeita clínica de sepse, especialmente em pacientes com sinais de infecção associados a alterações hemodinâmicas (como hipotensão), taquicardia, febre persistente, confusão mental ou outros indicadores de disfunção orgânica.

Qual a importância do lactato no protocolo de sepse?

A dosagem de lactato é essencial, pois níveis elevados podem indicar hipóxia tecidual, mesmo antes de ocorrerem alterações hemodinâmicas graves. A medição rápida do lactato, por meio de tecnologias point of care como o i-STAT, permite uma resposta clínica mais imediata e assertiva, ajudando a guiar intervenções como a administração precoce de antibióticos e a admissão em UTI.

Quantos minutos dura o protocolo de sepse?

Embora o protocolo como um todo envolva várias etapas de monitoramento contínuo, a fase crítica — que inclui triagem, coleta de exames, início da antibioticoterapia e estabilização inicial — deve ocorrer nos primeiros 60 minutos após a suspeita de sepse. Esse tempo é considerado a “janela de ouro” para reduzir mortalidade e complicações.

Conclusão: Otimizar o protocolo é agir com precisão, salvar vidas e reduzir custos

Diante do alto índice de mortalidade e dos custos significativos associados à sepse, fica evidente que otimizar o protocolo é uma necessidade urgente nos hospitais.

Implementar estratégias estruturadas, baseadas em dados e metodologias como o Lean Six Sigma, aliadas ao uso de tecnologias point of care, como o i-STAT para a medição rápida de lactato, permite diagnósticos mais ágeis e intervenções mais assertivas.

Esse conjunto de ações reduz o tempo de internação, melhora os desfechos clínicos e ainda gera economia significativa para a instituição. Ao investir na eficiência do protocolo de sepse, sua equipe atua de forma proativa e salva vidas com mais segurança e precisão.

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Referência:

* Imagem de capa: Freepik

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