A microcoleta é mais do que uma técnica, é uma resposta direta a um dos maiores desafios da UTI Neonatal: realizar exames de sangue frequentes sem comprometer a estabilidade dos recém-nascidos, especialmente os prematuros.
Com volumes sanguíneos extremamente reduzidos, esses pacientes não suportam coletas convencionais repetidas sem risco de anemia, necessidade de transfusões e exposição a procedimentos invasivos que geram dor e estresse.
Neste post, vamos falar como você pode mudar esse procedimento no seu hospital e melhorar a qualidade dos diagnósticos nos prematuros.
O que é a microcoleta?
A microcoleta é uma técnica de coleta de sangue que utiliza volumes mínimos. É ideal para pacientes sensíveis, como recém-nascidos prematuros e de baixo peso, cuja quantidade sanguínea é naturalmente limitada.
O principal objetivo dessa abordagem é minimizar a quantidade de sangue retirada durante os exames laboratoriais, reduzindo os riscos da flebotomia.
Ou seja, diminuir o gasto de sangue causado pelas coletas frequentes (que podem chegar a 20% do volume total de sangue do bebê) que levam à necessidade de transfusão.
E isso é uma preocupação real já que pesquisas mostram que 45% a 85% dos prematuros recebem ao menos uma transfusão durante a internação.
Por que é bom evitar as transfusões?
As transfusões de sangue não são isentas de riscos e podem levar a diversas complicações, entre elas:
- Reações por incompatibilidade sanguínea;
- Risco aumentado de infecções;
- Sobrecarga de volume circulante;
- Hemorragia intraventricular.
- Leia também: Como o i-STAT pode contribuir para redução da transfusão de sangue em recém-nascidos na UTI neonatal?
O i-STAT é um aliado importante na microcoleta!
O i-STAT, desenvolvido pela Abbott, é um analisador de sangue portátil que realiza diagnósticos ao lado do paciente (point of care) em poucos minutos.
Com apenas 2 a 3 gotas de sangue, o dispositivo oferece resultados rápidos e precisos, facilitando a tomada de decisão clínica imediata.
Ele realiza mais de 20 exames diferentes, incluindo:
- Química clínica e eletrólitos;
- Hematologia;
- Gases sanguíneos (gasometria);
- Coagulação;
- Endocrinologia;
- Marcadores cardíacos.
- Você também vai gostar de saber: Teste Laboratorial Remoto (TLR): a importância do controle de qualidade e rastreabilidade no procedimento
i-STAT diminuiu em 21% a quantidade de transfusões em bebês de um hospital de São Paulo
A implementação do sistema i-STAT na UTIN do Hospital Salvalus gerou resultados impressionantes.
Veja alguns dos pontos divulgados no “Informe Técnico: Impacto da Implementação do i-STAT® nas Transfusões de Sangue em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal no Brasil”:
- Redução no volume de sangue coletado
Enquanto os métodos laboratoriais tradicionais demandam uma mediana de 3,2 ml de sangue por bebê, o uso do i-STAT reduziu esse volume para cerca de 0,8 ml, uma queda de aproximadamente 75%.
- Diminuição da necessidade de transfusões
No período pré-implementação do i-STAT, 41,1% dos bebês receberam transfusões, enquanto após a introdução do sistema, esse percentual caiu para 19,4%.
Essa redução de 21% evidencia um benefício direto do uso da tecnologia para minimizar intervenções invasivas e riscos associados às transfusões.
- Impacto no tempo de internação
Outro resultado importante observado foi a redução do tempo médio de permanência dos bebês na UTIN. Após a implementação do i-STAT, o tempo de internação diminuiu em cerca de quatro dias, passando de uma mediana de 15 para 11 dias.
Tenha resultados semelhantes ou até melhores na sua UTI neonatal
O i-STAT já demonstrou a capacidade de reduzir o número de transfusões e agilizar o cuidado ao paciente. Imagine o impacto que isso pode ter na rotina do seu hospital:
✔️ Menos intervenções desnecessárias
✔️ Tempo de resposta clínico muito mais rápido
✔️ Maior segurança para os pacientes
Agende agora uma apresentação do i-STAT e veja na prática como ele pode mudar para melhor os seus diagnósticos.
Referências:
Abbott. Hosp Salvalus. Impacto da implementação do i-STAT® nas transfusões de sangue em uma unidade de terapia intensiva neonatal no Brasil (2023).