Na antissepsia da pele para cirurgia, a escolha do produto adequado é muito importante para assegurar a segurança do paciente e prevenir infecções no sítio cirúrgico.
As opções mais comuns são soluções alcoólicas e a clorexidina. Neste post, vamos explorar as diferenças entre elas e ajudar você a entender qual é a mais indicada.
Antissepsia Alcoólica vs. Clorexidina
De acordo com as “Orientações da OMS para a Cirurgia Segura”, a clorexidina é amplamente usada devido à sua ação prolongada e eficácia contra uma variedade de microrganismos.
No entanto, existem alguns desafios que precisam ser considerados:
- Dificuldade de remoção em tecidos: quando absorvida por materiais como algodão, a clorexidina tende a se fixar e não é facilmente removida, mesmo após a lavagem. Isso pode limitar sua aplicação em alguns contextos clínicos;
- Reações alérgicas: embora a incidência de hipersensibilidade seja baixa, ainda há registros de reações alérgicas graves, incluindo anafilaxia;
- Riscos para os olhos: em altas concentrações, especialmente quando combinada com álcoois e tensoativos, a clorexidina pode causar danos sérios aos olhos. Por isso, seu uso próximo aos tecidos oculares deve ser evitado;
- Ototoxicidade: é essencial evitar a aplicação de clorexidina no ouvido médio durante os procedimentos, pois há risco de ototoxicidade.
Esses pontos destacam algumas das razões pelas quais soluções alcoólicas são frequentemente preferidas para a antissepsia da pele para cirurgias.
Ao entender as vantagens e limitações de cada produto, profissionais de saúde podem tomar decisões mais informadas e seguras.
- Leia mais: Normas Regulamentadoras: qual a importância?
Vantagens da preparação alcoólica
Quando disponível, a preparação alcoólica deve ser a principal escolha para a antissepsia das mãos, conforme as Diretrizes da OMS para Higiene das Mãos em Serviços de Saúde.
Essa opção apresenta diversas vantagens:
- Acesso facilitado: obrigatória em serviços de saúde conforme a RDC nº 42/2010, ela está sempre disponível nos pontos de atendimento;
- Alta eficácia: elimina rapidamente bactérias gram-positivas, gram-negativas, fungos, micobactérias e vírus;
- Praticidade e rapidez: a antissepsia da pele para cirurgia pode ser feita em cerca de 30 segundos, o que agiliza o processo;
- Independência de infraestrutura: não exige itens adicionais como pia, água ou toalha;
- Boa tolerabilidade cutânea: em geral, é bem aceita pela pele e minimiza o risco de dermatites de contato.
- Leia também: Higienização de Superfícies e Equipamentos: Um Procedimento Essencial Para Evitar Contaminações Cruzadas!
9 dicas para escolher uma boa preparação alcoólica para a antissepsia da pele para cirurgia
As diretrizes para a seleção de um produto adequado à base de álcool estão detalhadas na Nota Técnica Nº 01/2018 da Anvisa, voltada para a higiene das mãos em serviços de saúde. Confira as principais recomendações:
- Concentração adequada: segundo a RDC nº 42/2010, a concentração final de álcool deve ser entre 60% a 80% para preparações líquidas e no mínimo 70% para gel, espuma, etc;
- Desnaturante na fórmula: a adição de um desnaturante, que dá um sabor amargo, é necessária para prevenir ingestão acidental por crianças;
- Eficácia dos dispensadores: eles devem ser acessíveis, operacionais e fornecer o produto corretamente nas mãos. Problemas como obstruções ou posicionamento inadequado podem reduzir a adesão ao uso;
- Fragrância: a preparação deve ter um cheiro suave e agradável, perceptível apenas durante a aplicação e que desaparece rapidamente, evitando desconforto;
- Registro na Anvisa: certifique-se de que o produto tenha o devido registro ou notificação na Anvisa;
- Sem sensação pegajosa: a fórmula precisa ser livre de materiais em suspensão para que não deixe resíduos e não cause sensação de pegajosidade após a aplicação;
- Tempo de secagem: o produto deve secar rapidamente, em cerca de 20 a 30 segundos, para agilizar o processo de higienização;
- Tolerância para a pele: deve ser formulado para evitar irritações, contendo emolientes que ajudam a prevenir o ressecamento e a ardência;
- Transparência e ausência de corantes: para evitar reações adversas e resíduos.
Baixe a técnica de antissepsia das mãos da ANVISA
O processo correto de antissepsia das mãos vai muito além de uma simples técnica: é uma recomendação oficial da ANVISA e um dos pilares mais importantes para a prevenção de infecções.
Garantir que as mãos estejam devidamente higienizadas é um cuidado essencial em ambientes de saúde e no dia a dia, protegendo tanto o profissional quanto o paciente.
Para facilitar, disponibilizamos o tutorial completo da ANVISA que você pode baixar e seguir passo a passo. Assim, você garante segurança e saúde em cada cuidado!
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- Cuidado com a pele: enriquecido com agentes hidratantes, emolientes e o anti-inflamatório alpha-bisabolol, que protege e cuida das suas mãos;
- Fórmula segura: sem clorexidina, corantes ou perfumes, hipoalergênico e com pH de 5,5, garantindo segurança e conforto para todos os tipos de pele.
- Registro ANVISA: Certificado pelo Ministério da Saúde, seguindo rigorosamente as normas EN 12791 e EN 1500 para antissepsia cirúrgica e higiene das mãos.
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Referências:
Manual de Referência Técnica para a Higiene das Mãos. Organização Mundial da Saúde. Link de acesso: https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/servicosdesaude/prevencao-e-controle-de-infeccao-e-resistencia-microbiana/ManualdeRefernciaTcnica.pdf
Nota técnica 01/2018 – Higienização das mãos – Anvisa. Link de acesso: https://www.gov.br/anvisa/pt-br/centraisdeconteudo/publicacoes/servicosdesaude/notas-tecnicas/2020/nota-tecnica-01-2018-higienizacao-das-maos.pdf/view
“Revisão sistemática sobre antissepsia cirúrgica das mãos com preparação alcoólica em comparação aos produtos tradicionais”, Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo, 2010. Link de acesso: https://doi.org/10.1590/S0080-62342012000600028
“Técnica para Antissepsia Cirúrgica das Mãos com Produto à Base de Álcool” da Organização Mundial da Saúde e do Ministério da Saúde.
Orientações da OMS para a Cirurgia Segura 2009. Link de acesso: https://www.who.int/docs/default-source/patient-safety/9789241598552-por.pdf
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